Série: Da crítica social

Da crítica social


Poemas do livro: À minha última pergunta responda, não.

Século XVII
Os camponeses eram maltratados
Observados como animais
Era um bando de esfomeados
No fim das classes sociais

Na grandeza da burguesia
Uma migalha deixaram escapar
Quando somente pensavam em explorar
A sua enorme freguesia

A igreja e o rei ambos a se  manipularem
Quando o dinheiro está em suas miras
Fazendo os povos engolirem
Todas as mentiras.

Era de um tudo manipulado
Desde o rei ‘fadigado’
De ficar o dia inteiro sentado
Ao pobre camponês desassentado.

Sem despedidas

Dificuldades estabelecidas naquele momento
Fez com que a mãe abandonasse o lar
Seus filhos, os sonhos, seu casamento
Muitos momentos para enterrar.

Levaria consigo uma mala cheia de lembranças
Já estava fora a dias e ainda era irreal
Saudade, culpa, desespero: lembranças
Seja onde for, essa angustia é crucial.

Ela nunca mais voltou
A esperança morreu para os que ficaram
A  ausência  da mãe se consolidou
Um dia, se conformaram.

Os filhos foram a vida enfrentar sozinhos
Tantas dificuldades que passaram
Tantos problemas pelo caminho
Que da lembrança da mãe se afastaram


Acreditaram que o amor é só uma palavraNome de um sentimento
No qual, a cada de dia que passava,
Menos palpável era o seu surgimento.

Bulling
O mais baixo é o mascote, chaveiro, anão
O inteligente é o nerd,
O rapaz alto é a vara de apanhar mamão

Se é rica é patricinha, Maria chiclete
Se é pobre é pé de Toddy, cor de chão
Se usa saia curta é vadia,  piriguete
Se é feio é podre, dragão
E assim, ninguém tem nome não.

Bulling é mania de apelidar
Que leva muitos a solidão
A estatística de  suicídio é de assustar
A vítima, coitada, é engolida pela depressão.

Vida medíocre

O difícil é reconhecer nossos erros
É fácil brincar de contar segredos
Pode ser neutro fazer amizades
E descobrir novas felicidades

Passamos por momentos difíceis
E muitos outros incríveis
A vida não é mesmo um conto de fada
Mas também não pode se viver na calada

Um dia pode se construir com o favor
Outro dia descobrir o que é a dor
A qualquer momento ficar sozinho
E muitos dizerem, coitadinho.

Ser considerado um pobre diabo
E por muitos, rejeitado
Não poder entrar numa loja
Porque alguém com ele se enoja

Pode até chegar uma pessoa e lhe acolher
Mas daqueles dias ruins, não vai esquecer.
Vai lembrar disso enquanto viver
Passar por muitos que fingirão não o ver.
Sem noção
Queria poder enxergar
E ver de perto reações
De alegria, de dor, de amar
Coisas dizem que vem do corações.

Queria ver como as cores realmente são
Assistir isso numa televisão
Pois ninguém sabe na verdade
O que é ter visão.

Queria ver o vento bater forte em sua rota
Nas folhas das árvores até elas caírem
Ou o quanto uma pessoa suporta
Quando de suas vidas pessoas saem.

Olhar para os homens e saber como são
Se são mesmos todos iguais
Ou se tem uma diferenciação
Penso ter, pelas desigualdades sociais.

Aos meus olhos, vejo preconceito
Enquanto o menino está no leito
Do crivo social é protegida.
Mas nas cores do mundo adulto
A discriminação é coisa dita e feita.

Carnaval

Um universo de inspiração
Ninguém faz igual
E o Brasil recusa imitação.

Ele acredita

Ele acredita no que os arqueólogos e cientistas encenam
 Ao fazerem uma descoberta;
Acredita no que os filmes de ficções cientificas criticam
Ao fazerem uma experiência aberta.

Acredita no que os homens fazem ou deixam de fazer;
Nas promessas politicas que vê na TV;
Na comedia brasileira de cada anoitecer;
Acredita sim, e ainda paga pra ver.

Acredita no que a natureza reconstruiu;
Na paz mundial que não se fundiu;
Na nação utópica que um dia existiu;
No amor que não se assumiu.

No Deus que um dia nos criou
No Cristo que Ele enviou
Na mãe do homem que nos perdoou
No Profeta que o evangelho pregou

Na religião que nEle se formou;
Na fé que nunca se abalou;
Na oração que seu joelho se dobrou;
No apocalipse que ele profetizou.

Acredita que tudo que se revelou;
Num mundo novo que Deus formou;
Na ideia de que para lá Jesus voou.
Depois que aqui morou.

Indivíduo televisão 

Existe um individuo chamado televisão
Manipular é o seu processo assíduo
Disso eu não duvido.

Ficar no sofá ou num canto qualquer .
Sem ao menos piscar os olhos.
Ir ao banheiro? Nem pensar.
 Ignora o que considera o resto.

Da sua mulher não quer saber
Hoje tem futebol...
Os amigos, que vão se foder.
Filhos? Há biscoitos no armário.
Parem de roer as unhas?

  Alias, eles  às comem.
Porque sentem fome
Mas ele não sai dali
Até o comercial precisa assistir.

Não sai nem pra fumar
Está intoxicando seus filhos, idiota!
Mas ele se estatizou no tempo
E a televisão o robotizou.


Injustiçados

A injustiça é...
Causada pela cobiça
Ou pela preguiça?

Para a justiça, muito tempo
Para a Injustiça, dinheiro
A primeira é rápida como o vento
A segunda tem mal cheiro

Muitos são injustiçados
De crimes não cometidos são acusados.
Aqueles que têm dinheiro podem gozar
Da  liberdade de outros é arrancada.

Enquanto aguardam a justiça,
O preso inocente muda de ideologias
Enxergam que a identidade de homem
É baseada nas suas economias.

O sacerdócio
Seguir a doutrina
Vestir a batina
Celebrar a missa
Sem moleza, sem preguiça.

Ouvir confissões
Impor penitências
Obedecer aos anciões
Nada de desobediências.

Rogar aos santos
Que abençoem os fieis
E ter assim remidos os próprios pecados.

Na hora da ceia
Acolhe o perdão esperado
Vendo a seara repleta de grãos.

Por todos, é respeitado Por outros, admirado
Por muitos, é considerado
Um padre abençoado.

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